Fabio Castellotti é apaixonado por velocidade, cheiro de pastilhas de freio queimadas, sua paixão começou com as motos mas no meio do caminho a história mudou um pouco devido a um acidente. Veja como ele contornou as próprias dificuldades e voltou a correr.
Fabio
Castellotti, tem 26 anos, começou cedo a curtir velocidade por conta
própria. Não tinha ninguém na família para incentiva-lo como a
maioria das crianças que curtem carro que no mínimo tem algum tio
com aquele Gol GT cheirando alcool com bancos duros e uns dados de
pelúcia pendurados no retrovisor. Com 11 anos, seu pai, conhecendo
os desejos de garoto e com algum pouco juizo, deu de presente por
“bom desempenho na escola sua primeira moto uma Yamaha DT 180. A
moto era 1 ano mais velha que ele, depenada para trilha.
Dentro de um condomínio fechado com ruas de terra ele treinava andar com a DT e para sua sorte, perto de sua casa havia um circuito abandonado de motocross, o qual ele mesmo com uma pá e uma inchada, conseguiu reformar e por a moto p/ andar por la. De tanto treinar, nada mais comum do que o quadro da DT surrada quebrar algumas vezes nos pulos das mesas da pista.
Dentro de um condomínio fechado com ruas de terra ele treinava andar com a DT e para sua sorte, perto de sua casa havia um circuito abandonado de motocross, o qual ele mesmo com uma pá e uma inchada, conseguiu reformar e por a moto p/ andar por la. De tanto treinar, nada mais comum do que o quadro da DT surrada quebrar algumas vezes nos pulos das mesas da pista.
O
pai de Fábio vendo a sua dedicação, resolveu pela segunda vez
presentea-lo. Dessa vez com uma Honda CR 250R que apesar de bem
surrada era uma evolução incontestável da DT. Possuia quadro de
alumínio, 58cv contra singelos 16cv da DT com praticamente o mesmo
peso ( 96kg da CR contra 102kg da DT). Com um equipamento melhor nas
mãos ficou mais fácil de mostrar serviço para os grandes e
ingressou na equipe de motocross da KTM, correndo por la durante 5
anos de muito barro.
Apesar da paixão pelo motocross, Fabio também gostava de “enrrolar o cabo”, teve também uma Suzuki GSX 750 e com 19 anos, a monstrinha Honda CBR1100XX com mais de 130cv. O lado do asfalto começou a seduzir também andando de kart.
Montado na CBR ele sofreu um acidente aos 19 anos. Com os freios superaquecidos, tentou fazer uma curva mas não foi suficiente p/ salva-lo de uma queda. Ao chão, deslizando por cerca de 130 metros, ele e moto colidiram contra o guard rail por volta dos 140km/h. Milagres acontecem e o do Fabio foi sobreviver a essa pancada. Foram 12 horas de cirurgia e 1 mês de pós-operatório, quatro vértebras quebradas, 18 parafusos e mais quatro hastes. A lesão na coluna tirou seus movimentos nas pernas mas não a motivação. Morando sozinho em São Paulo, fazendo 14 horas por semana de fisioterapia, montou seu próprio negócio o http://www.utopiastore.com.br/ e começou a refazer a história.
Longe
do universo das motos a possibilidade de continuar com a adrenalina
da velocidade nas veias surgiu em 2010 com seu Hyundai Azera.”Por
conta da necessidade do carro não poder ter o pedal de embreagem
para aplicar a adaptação, na época o Azera era o carro mais
potente pelo preço no mercado brasileiro”, relata. Apenas 2 anos
depois de seu acidente, a preocupação dos pais estava mais voltada
à violência urbana do que a própria velocidade de um carro de
245cv com seu v6 3.3 de alumínio que apesar de um sedã de porte,
leva o carro a 100km/h em 8.7 segundos e 225 de velocidade máxima
segundo o fabricante. Para tranquilizar seus pais, Fabio blindou
parte do Azera.
Após a blindagem e a adaptação, a vontade de andar com o Azera ficou apagada e para tentar suprir seu vício em asfalto, viu a possibilidade de um kart adaptado mas que devido aos custos elevados de seu tratamento e terapia, acabou em segundo plano.
De volta ao Azera, como seria deixar um sedã de grande porte, blindado, automático, adaptado, com cerca de 2.000kg, competitivo para dar umas voltas na pista?
Após a blindagem e a adaptação, a vontade de andar com o Azera ficou apagada e para tentar suprir seu vício em asfalto, viu a possibilidade de um kart adaptado mas que devido aos custos elevados de seu tratamento e terapia, acabou em segundo plano.
De volta ao Azera, como seria deixar um sedã de grande porte, blindado, automático, adaptado, com cerca de 2.000kg, competitivo para dar umas voltas na pista?
A
suspensão foi recalibrada com mais carga em molas e amortecedores.
Se por um lado o Azera é uma “banheira”, por outro, sua largura
de 1,86 o deixa em um bom patamar para contornar curvas com
velocidade. Rodas de 20 polegadas calçadas com pneus medida 245/40 para a rua e rodas de 18/8.5 polegadas com pneus Yokohama Advan Slicks 250/40.
completam o conjunto aderente do carro. Escape, admissão e nitro foi
o suficiente para elevar de respeitáveis 245cv para 380cv e 54 kgfm,
“é um carro surpreendentemente gostoso de pilotar em circuitos”,
afirma. Comparando o tempo de volta no Hot Lap em Limeira, a diferença entre o uso dos pneus radiais para os slick's foi de 4 segundos, 1:06 com o uso dos slicks contra 1:10 dos radiais.
O
Azera continuará como projeto além do seu propósito original que
era de um carro para as ruas. Quem sabe logo mais aparecem duas turbinas
para esse seis bocas coreanas.
Hoje Castellotti usa o Azera no modo “civil” conduzindo-o pelas ruas e em modo “soviético”, participando de Track Day's e Hot Lap's enquanto não é possível retomar o sonho das competições. "Posso afirmar que mesmo a pratica amadora automobilística em track day's e provas de tempo com os pro-solos e hot laps, foram fundamentais para devolver minha auto estima, não estava em "depressão" antes de começar a praticar o esporte, mas hj encaro minha rotina com muito mais gosto e vontade de viver pq sei que no final da semana vou poder praticar aquilo que eu mais gosto" afirma Castellotti.
Toda a dificuldade de se adaptar forma de conduzir, pilotar e das adaptações nos carros da muito trabalho mas para ele, a oportunidade de retornar às pistas através dessas modalidades amadoras foi um prazer sem medida.
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